Asilo com 1ª vítima morta por covid-19 concentra metade dos casos de Três Lagoas
O lar de idosos particular onde vivia a primeira vítima do novo coronavírus em Três Lagoas concentra 6 dos 12 casos confirmados da doença no município, distante 300 quilômetros de Campo Grande. A Secretaria de Saúde da cidade monitora pelo menos outras 20 pessoas que tiveram contato com os contaminados e estão em quarentena.
A titular da secretaria, Maria Angelina Zuque, conta que a idosa de 81 anos vitimada pela covid-19 tinha problemas de saúde, como frequentes infecções, e estava acamada há cerca de três anos.
Ela já havia sido hospitalizada após ter confirmado o contágio pelo novo coronavírus e teve alta médica, mas piorou, foi novamente internada e faleceu nesta quarta-feira (15).
Além dela, outros três idosos do mesmo asilo particular testaram positivo para covid-19, além de dois profissionais da Saúde que trabalham no local. Um dos idosos, uma mulher, está hospitalizada. O restante segue em isolamento domiciliar.
De acordo com Maria Angelina, a outra metade de casos confirmados de Três Lagoas também trabalha na área da Saúde.
A secretaria acompanha as pessoas em quarentena que tiveram contato com os infectados. Quem apresentar sintomas do vírus – tosse, febre, coriza, dificuldades para respirar – será testado.
O prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro (PSDB), apelou para que a população do município contribua e fique em casa.
“As pessoas estão relaxando. Não é diferente aqui. Os gestores estão angustiados. A gente fecha o comércio, a pressão é de um tamanho que não aguenta. Abre o comércio, com restrição, mas 20% não respeita. Hoje temos 120 fiscais nas lojas, acompanhando, orientando”, comentou.
Com o óbito confirmado em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul chega a cinco mortes pelo novo coronavírus – as outras, duas de Batayporã e duas de Campo Grande -, todas mulheres e com mais de 60 anos.