AMPLA VISÃO| Senadora Simone abandonada no ‘Titanic’?
‘VALE TUDO’: Desde 1985 são 20 presidentes do Senado, dos quais 17 eram das regiões Norte/Nordeste. Exceções: José Fragelli (MDB-MS-1985/87); Nelson Carneiro (MDB-RJ-1989/91) e Ramez Tebet (MDB-MS-2001-2003). Só Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA-1997/2001) e David Alcolumbre (DEM-AP-2019/2021) não eram do MDB.
‘JOGO BRUTO’: Presidir esse ‘paraíso’ é para poucos. Valem; o prestígio pessoal e a articulação partidária. Os paulistas nunca elegeram o presidente do Senado; o alagoano Renan Calheiros (MDB) e o maranhense José Sarney (MDB) presidiram a casa por mais vezes (4 mandatos). Portanto, o PIB do Estado do Senador não pesa nada nesta escolha.
LIDERANÇA: MS é o único que elegeu 2 presidentes do Senado (ambos do MDB); José Fragelli (1985/87) e Ramez Tebet (2002/2003). Com o voto secreto as surpresas virão com as dissidências nas bancadas em prol de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Simone Tebet (MDB-MS). Os senadores Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (PSL) votarão em Rodrigo Pacheco. Mas o grande eleitor será o presidente Bolsonaro.
‘TITANIC?’ Com 29 votos prometidos dos 41 necessários, a senadora Simone desviará deste ‘iceberg’? Emedebistas negociaram cargos na mesa/comissões deixando Simone na banguela. Eles articulam pensando primeiro na sobrevivência. Incrível, a senadora desconhecendo o DNA e as entranhas do MDB e o espírito maquiavélico do Senado? O pronunciamento dela até que merecia maior indignação.
NA ESTRADA: O secretário de governo Eduardo Riedel mantém o seu estilo nas suas ações além do gabinete. À propósito, lembro aqui trecho de seu discurso transparente por ocasião de sua posse na Famasul (10/09/2012) : “…. (-)… Precisamos de instituições modernas. Não podemos tolerar interferências ideológicas se quisermos ser grandes…”
PREVISÕES: Como as pesquisas elas são relativas a longo prazo, mas não se pode negar; Riedel tem potencial. Com curso superior e MBA na FGV, presidiu a Famasul, foi conselheiro do Sebrae, dentre outros cargos e funções na iniciativa privada. Não se pode negar sua boa visão administrativa como vem demonstrando neste Governo.
OTIMISMO: É o espirito reinante no Governo Estadual com projetos e realizações em todas áreas . Os preços dos nossos produtos exportados ajudam a manter o caixa em dia junto a fornecedores e funcionalismo. Esse clima repercute eleitoralmente gerando ganhos dos políticos alinhados ao Governo – mesmo apesar dos entraves da pandemia.
A SALVO: O presidente Bolsonaro aposta em quem pode salvá-lo do impeachment, mas não é bom abusar. As previsões apontam na sua vitória no Senado e Câmara. Falta o clamor popular como ocorreu no episódio Dilma. PT, CUT, UNE, MST não lideram as manifestações de ruas porque a esquerda brasileira está em baixa. Alguma dúvida?
‘IRMÃS GÊMEAS’: Política e religião juntas. Católico, o candidato John Kennedy sofria rejeição no país de protestantes. Aí, na Convenção Democrata ele desabafou no discurso : “A religião não foi questionada quando fomos servir ( ele e o irmão) na 2ª. Guerra; meu governo não será tutelado pelo Vaticano”. Enfim, convenceu e venceu!
O EPISÓDIO de aparência velha, vale na análise da força religiosa na nossa política, onde o catolicismo perde terreno. A influência das igrejas evangélicas/pentecostais é visível nas Câmaras, Assembleias e Congresso Nacional. Os pastores disputam na mídia espaço com a Igreja Católica, envelhecida e teimosamente cada vez mais à esquerda.
EXEMPLO: A deputada Rose Modesto (PSDB) é lúcida; externa a sua religiosidade sem excessos. Evita polemizar, parece não ser alvo de preconceitos devido a religião. A base política da igreja é forte no seu projeto, mas ela é habilidosa na conquista de apoio eleitoral de segmentos sociais diversos – graças aos seus méritos pessoais.
BIFURCAÇÃO: Mas todos esses afagos acima podem ser em vão se ela não construir um grupo político forte, com estrutura além das palavras. Aliás, foi graças a isso que ela chegou a vice governadora e à Câmara Federal. E qual caminho à seguir? E com quem firmar alianças onde fique na cabeceira da mesa? Sem nhenhénhém – o jogo é pesado.
SUSPENSE? Nos comentários sobre os prováveis candidatos ao governo em 2022, aflora o nome do prefeito Marcos Trad (PSD). Mas indagado, ele sai pela tangente com respostas envolvendo seu compromisso com Campo Grande. Já o senador Nelson Trad (PSD) reafirma sua candidatura sem pestanejar. Irmãos e ambos do PSD. Entendeu?
PORRADA! E de quem e quando não se esperava veio o apoio ao Palácio do Planalto no combate ao Covid-19, contrária a tese do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Essa fala do desembargador Carlos E. Contar na posse do TJMS repercutiu nacionalmente, mas os políticos locais e a vigilante OAB-MS, optaram pelo silêncio por ‘motivos óbvios.’
NO FACEBOOK: Vendo as imagens do ex-governador Puccinelli (MDB) pescando, o jornalista Nélio Brandão postou: – “Esse haha – ele está rindo pra nós ou está rindo de nós!” – Se for atual estamos na Piracema, portanto é crime pescar! O pescador está meio diferente. Notaram algo”? E pergunta-se: Puccinelli tem conseguido dormir bem?
JOE BIDEN: Para o Financial Time o entusiasmo meloso da mídia gerou esperanças impossíveis. Passada a onda emocional da posse, terá que governar. Com sua boa fé de ‘união nacional’ será presa fácil. A expansão do ‘Medicare’ para maiores de 65 anos e alíquota de 28% para pessoas jurídicas são vistas como coisas de comunistas. Helpy!
‘BOQUINHA’: Após deixar o PT e ter apoiado a candidatura de Marcos Trad (PSD), o ex-vereador Marcos Alex (graduado em História) teria sido nomeado recentemente na prefeitura de Campo Grande. Não sei se o cargo é ligado a área da Educação, mas o fato comprovaria que esse pessoal não aguenta mesmo ficar longe do cabide público.
FURA FILA: ‘Farinha pouca meu pirão primeiro’. Era previsível ocorrer na pandemia. Vergonhosa e imoral a postura de poderosos, contrariando o artigo 11 da Lei da Improbidade Administrativa. E pasmem! O deputado Carlos Zaratini (PT-SP) propôs no final de 2020 que parte deste artigo fosse suprimido. Enfim, o fundo do poço está longe.
‘TCHAU QUERIDA’: O ex-deputado Eduardo Cunha (MDB), em prisão domiciliar, volta ao noticiário com o anúncio do lançamento de seu livro ‘Tchau Querida’ onde relata fatos de bastidores e a atuação de políticos no impeachment da ex-presidente Dilma. No fundo, ele não reinventa a roda neste livro. É passado e a vida continua.
PENSAR: “ Hoje, esconder-se para garantir a integridade significa distanciamento social. A sociedade se questiona como estará quando tudo isso acabar. Mais solidária? Prestando mais atenção à saúde? Valorizando as mínimas coisas? A verdade é que cada dia que vivemos é mais um milagre.” (Jack Terpins, engenheiro, membro do Congresso Judaico Mundial – na FSP)