Aliança estratégica reduz pré-candidaturas do PL e dá lugar ao PSDB em Mato Grosso do Sul
| Créditos: Montagem/Correio do Estado
A recente aliança entre o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul promete reconfigurar significativamente o panorama das próximas eleições municipais. Sob a liderança de Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel, figuras proeminentes do PSDB no estado, o acordo político estabelecido com o PL, outrora sob comando de Valdemar da Costa Neto, alterou substancialmente os planos do partido liberal, presidido até recentemente por Marcos Pollon.
Inicialmente planejando cerca de 40 candidaturas próprias em diversos municípios sul-mato-grossenses, o PL viu-se obrigado a revisar suas estratégias após a proposta de aliança apresentada por Azambuja, que contempla a colaboração em até 37 prefeituras. A mudança de liderança no partido, com Tenente Portela assumindo o comando após a saída de Pollon, marca o início de um período de intensas negociações com o PSDB.
Em uma reunião decisiva, Reinaldo Azambuja não só apresentou as bases da aliança como também criticou duramente a postura anterior de Pollon, acusando-o de rotular o PSDB pejorativamente. A comparação feita por Pollon, que chamou o partido de “melancia”, verde por fora e vermelho por dentro, reflete a polarização política que domina o debate nacional. A crítica não apenas influenciou a mudança na presidência do PL, mas também definiu o tom das negociações futuras entre as legendas.
Na sequência, Tenente Portela iniciou o diálogo com a cúpula tucana, buscando consolidar a parceria e adaptar-se ao novo cenário político. Questionado sobre os próximos passos, Portela expressou cautela, afirmando que as discussões estão em curso, mas confirmou a intenção de manter uma candidatura própria em Dourados, onde Gianni Nogueira, esposa do deputado federal Rodolfo Nogueira, figura como pré-candidata do PL.
Sob a liderança de Marcos Pollon, o PL havia delineado uma lista extensa de pré-candidatos, incluindo nomes como Anderson Paes em Batayporã, Alessandro Paulino em Caarapó, Pastor André em Corumbá, Salette Bell em Coxim, Drº Max em Guia Lopes da Laguna, Adão Gouveia em Ivinhema, Lizete Bazzo em Jardim, Odair Pereira em Jateí, Rovilson Corrêa em Maracaju, Rodrigo Sacuno em Naviraí, e Arion de Souza em Nova Andradina.
À medida que as negociações avançam, o desfecho dessas alianças poderá não apenas redefinir o espectro político local, mas também moldar o caminho das eleições municipais de 2024 em Mato Grosso do Sul, refletindo o equilíbrio de forças entre as principais legendas regionais.