Alexandre confessa assassinato após briga por marmita, mas decide ficar em silêncio em julgamento
Alexandre Rodrigues de Matos, acusado de matar a golpes de uma barra de ferro José Joacir Mendes de Azevedo, após uma suposta briga por causa de uma marmita no dia 24 de fevereiro de 2021, confessou o crime durante julgamento no Tribunal do Júri nesta manhã (2) em Campo Grande.
Apesar de confessar, logo em seguida se recusou a responder as demais perguntas e preferiu exercer o direito de ficar em silêncio.
Como testemunhas, prestaram depoimentos dois guardas municipais que fizeram o primeiro atendimento no dia do crime. Foram eles que encontraram o autor, antes mesmo de descobrir o assassinato.
Os guardas contaram ao juiz Carlos Alberto Garcete, que estavam voltando para a base da Guarda no Centro quando viram Alexandre. “Vimos ele em atitude suspeita, alterado, sujo. Abordamos e ele disse que havia feito merda e matado um homem”, explicou um dos servidores.
Ele contou que deixaram o autor com outro guarda e foram verificar. Ao chegar no local, já havia perícia, Polícia Militar e delegado. “Ele falou que tinha brigado por conta de uma marmita, que já havia tido uma discussão com o rapaz por causa da marmita e fez de caso pensado, porque ele não tinha a barra de ferro”, explicou, informando ainda que o homem saiu para buscar o ferro e retornou já agredindo a vítima na cabeça. “Só parou quando tinha arrebentado a cabeça do cara”, concluiu.
O crime aconteceu na na Rua 7 de Setembro, próximo ao Mercadão Municipal.
O corpo de José foi encontrado por funcionários da Solurb, com lesão no crânio. Próximo ao corpo foi apreendida uma barra de ferro e o marmitex parcialmente consumido.
Insanidade mental
Em agosto de 2021 foi instaurada apuração de insanidade mental para Alexandre. Entretanto, em janeiro de 2022 a prisão foi mantida. O laudo pericial concluiu que Alexandre possui transtorno de ansiedade generalizada, mas “sem nexo de causa e efeito com o homicídio relatado”.
Ademais, o perito afirmou que o acusado “era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito de seus atos”, além de recomendar que ele faça acompanhamento com psicólogo e assistente social. Atualmente ele segue preso no PTran (Presídio de Trânsito) em Campo Grande.
FONTE MIDIAMAX