Agronegócio: Açúcar brasileiro consolida liderança no mercado global na pandemia

Mas se, por um lado, o status de maior produtor mundial chegou a ser ameaçado, por outro, quando o assunto é exportação, o Brasil é líder isolado. Atualmente, é responsável por 45% das exportações globais de açúcar. Em 2020, as vendas para o mercado externo aumentaram 72%, passando de 18 milhões para 31 milhões de toneladas. Segundo analistas, o crescimento é reflexo do maior direcionamento da cana para a produção de açúcar, já que houve queda no consumo mundial de etanol durante a pandemia. Além disso, também contribuíram para o boom nas exportações a seca prolongada no país, o que permitiu o aumento da concentração de açúcares na cana e, com isso, o maior rendimento industrial, e as restrições de oferta por grandes países produtores, como a Tailândia.

 

Os principais destinos do açúcar brasileiro, na forma bruta, foram China e Argélia, e Venezuela e Iêmen, do tipo refinado. Apesar da importância da commodity para o agronegócio brasileiro, especialistas alertam. A produção de etanol no contexto da sustentabilidade ambiental, o manejo sustentável da própria cultura da cana e, ainda, o peso do açúcar na adoção de rotinas alimentares saudáveis são debates que ganham importância cada vez maior no cenário global e que podem interferir nos padrões de consumo nos próximos anos

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