Advogado que denunciou esquema no TCE-MS celebra afastamento de desembargadores

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Em 2021, o advogado Enio Murad, de 51 anos, denunciou um esquema de corrupção no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), o que deu início à Operação Mineração de Ouro. As investigações da Polícia Federal (PF) revelaram indícios de venda de sentenças por desembargadores do Tribunal de Justiça (TJMS), culminando na Operação Ultima Ratio, deflagrada em 24 de outubro.

Murad, que sofreu perseguições e ameaças por sua atuação, celebrou o afastamento de cinco desembargadores, incluindo o presidente do TJMS. “Ver a Polícia Federal desbaratando esse esquema é um prêmio indescritível”, afirmou.

A denúncia de Murad em 2015, quando era secretário-geral do Ministério Público de Contas de Mato Grosso do Sul (MPC-MS), desencadeou a Operação Lama Asfáltica, que investigou fraudes em licitações.  A partir daí, o advogado passou a ser alvo de ameaças e coação.

As investigações da PF apontaram para um esquema maior, envolvendo conselheiros do TCE-MS e desembargadores do TJMS. Murad, que teve sua vida pessoal e profissional afetada,  recusou integrar o programa de proteção à testemunha e hoje vive em São Paulo.

A Operação Ultima Ratio determinou o afastamento e o uso de tornozeleira eletrônica para os desembargadores Sérgio Fernandes Martins, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Marco José de Brito Rodrigues.

Murad ressalta a existência de uma “máfia institucionalizada” em Mato Grosso do Sul e afirma que “pagou um preço caro” por sua denúncia.

Fonte: Metrópoles

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