Ação em combate à violência contra mulher terá 21 dias de palestras e rodas de conversa

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes assinando Termos de Cooperação de valorização à mulher – Naiara Camargo

Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) lançou, na manhã desta terça-feira (21), a Campanha de 21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

Serão três semanas de ações, caminhadas, palestras, rodas de conversa, mesa-redonda e reflexões em combate à violência contra mulher.

O objetivo é conscientizar homens e mulheres sobre a importância de denunciar a violência doméstica, física, verbal, psicológica, sexual, patrimonial e moral contra a mulher.

A campanha é mundial e abrange 160 países, onde há 16 dias de ações em combate à violência contra mulher. No Brasil, a campanha começou em 2003, com 21 dias de ação e início em 20 de novembro, dia da Consciência Negra. A campanha ocorre simultaneamente em diversos estados brasileiros.

Confira a programação dos 21 dias de ativismo:

Durante a ocasião, foram assinados a Prorrogação de Vigência do Termo de Cooperação Mútua com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul para execução do Programa “RECOMEÇAR” e o Termo de Cooperação Técnica com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que tem como objeto a implantação do Programa TRANSFORMAÇÃO.

O Programa “RECOMEÇAR” busca reeducar homens que foram autores de violência contra mulher, em parceria com o Tribunal de Justiça (TJMS). Já o programa “TRANSFORMAÇÃO” tem a finalidade de adotar políticas públicas afirmativas que possibilitem a redução da desigualdade e inclusão social no mercado de trabalho de mulheres em situação de vulnerabilidade e vítima de violência.

De acordo com a subsecretária de Políticas para a Mulher, Carla Stephanini, as ações conscientizam ambos os gêneros e abrangem diversos setores da sociedade sul-mato-grossense.

“É importante para que a gente possa fazer a conscientização social de que precisamos dar um basta a esta violência que fere e mata mulheres e traz consequências e impacta vários aspectos da sociedade. Existe violência contra mulher, mas há um compromisso do poder público em enfrentar essa violência. Esta campanha também representa prevenção, é fundamental a prevenção no combate à violência contra as mulheres. Através dessa campanha você dá visibilidade ao fenômeno da violência, mas também encoraja, estimula e promove a conscientização social para que as mulheres busquem ajuda e denunciem”, exemplificou.

Segundo a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, o município realiza ações de combate à violência contra mulher preventivamente em bairros da Capital.

“É um dia especial, lançando a campanha de ativismo pelo fim da violência contra a mulher. Estamos trabalhando na nossa gestão preventivamente para isso. Como a primeira prefeita a ocupar o cargo como mulher, nós estamos fazendo várias ações nos bairros preventivamente, conscientizando mulheres e também homens da nossa cidade sobre a importância do valor e do respeito das mulheres”, ressaltou a prefeita.

O evento de lançamento ocorreu às 9 horas desta terça-feira (21) na Casa da Mulher Brasileira – Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), localizada na rua Brasília, lote A, quadra 2, no Jardim Imá, em Campo Grande.

O evento contou com a presença da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes; delegada titular da DEAM, Elaine Cristina Ishiki Benicasa; delegada adjunta, Maira Pachedo; delegada Analu Lacerda Ferraz; subsecretária de Políticas para a Mulher, Carla Stephanini; entre outras autoridades.

NÚMEROS

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 26 mulheres foram vítimas de feminicídio, entre 1º de janeiro e 21 de novembro de 2023, em Mato Grosso do Sul.

Números indicam que 17.854 pessoas, entre homens e mulheres, foram vítimas de violência doméstica neste ano. Confira os gráficos:

DENUNCIE!

Violência contra mulher deve ser denunciada em qualquer circunstância, seja agressão física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial.

Os números para denúncia são 180 (Atendimento à Mulher), 193 (Polícia Militar) e 153 (Guarda Civil Metropolitana).

O sinal “X” da cor vermelha, escrita na mão, significa que a vítima quer alertar que sofre violência doméstica. Portanto, o cidadão deve ficar atento, acolhê-la e acionar as autoridades.

 

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