“A Lei manda pagar!” Ao Conteúdo MS Marquinhos admite que pagava mais de R$ 300 mil para chefe de gabinete

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Em entrevista ao site Conteúdo MS, o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, admitiu que efetuou pagamentos elevados a servidores de seu gabinete durante sua gestão, chegando a mais de R$ 300 mil para o chefe de gabinete, Alex de Oliveira Gonçalves. Trad justificou que os pagamentos estavam amparados pela lei, afirmando que “a lei manda pagar”.

 

A polêmica veio à tona após o jornal O Estado divulgar documentos que apontam para uma chamada “folha secreta”, onde servidores do gabinete de Trad teriam recebido, juntos, mais de meio milhão de reais em remunerações. Entre os nomes citados, o secretário-adjunto de Gestão, Igor Barreto Peixoto, teria recebido R$ 285,5 mil em dezembro de 2020, enquanto o chefe de gabinete acumulou R$ 361,8 mil em quatro meses.

 

Marquinhos Trad argumentou que as práticas não eram legais, mas acusou a atual gestão da prefeita Adriane Lopes de falta de transparência. Ele ainda acusou a ex-diretora do IMPCG, Camila Nascimento de Oliveira, candidata a vice-prefeita, de também ter recebido pagamentos elevados, mas se recusou a fornecer comprovações que afirmava ter durante a entrevista, alegando ser uma violação.

A prefeita Adriane Lopes encerrou a prática de tais pagamentos e firmou um Termo de Ajuste de Gestão (TAG) com o Tribunal de Contas do Estado, com prazo até o fim de 2024 para a adequação das contas do município. A questão tem sido utilizada como tema de ataques políticos nas eleições municipais de 2024.

Os valores recebidos por diversos servidores durante a gestão de Trad não foram divulgados no portal da transparência da Prefeitura de Campo Grande à época, o que alimenta as críticas da oposição.

O Caso

Ex-secretários e aliados do ex-prefeito receberam valores exorbitantes, revelam documentos

Documentos obtidos pelo Jornal O Estado revelam que servidores do gabinete do ex-prefeito Marquinhos Trad receberam supersalários durante sua gestão. Os valores, que não constam no portal da transparência da Prefeitura de Campo Grande, chegam a R$ 361 mil em apenas quatro meses.

Igor Barreto Peixoto foi secretário-adjunto de Gestão | Créditos: Reprodução/ Redes Sociais

 

Entre os beneficiados, estão o ex-secretário-adjunto de Gestão, Igor Barreto Peixoto, que recebeu R$ 285,5 mil em dezembro de 2020, e o ex-chefe de gabinete, Alex de Oliveira Gonçalves, que recebeu R$ 361,8 mil em quatro meses.

Os documentos mostram que os salários eram inflados com pagamentos extras com diferentes nomenclaturas, incluindo uma chamada “Ficha Limpa”. Não há informações sobre a natureza desses pagamentos, já que a gestão Marquinhos Trad não disponibilizava esses dados no portal da transparência.

Pedro Pedrossian Neto era secretário de Finanças | Créditos: Foto: Alems

 

Outros nomes que aparecem com altos valores são Ralph da Cunha Nogueira, ex-titular da Secomp, com R$ 211,9 mil em dezembro de 2020; o deputado estadual Pedrossian Neto, então secretário de Finanças, com R$ 175,5 mil no mesmo mês; e Agenor Mattielo, ex-secretário e responsável pelo plano de governo de Rose Modesto, com R$ 167,3 mil em um único mês.

Os pagamentos extras revelados pelos documentos levantam questões sobre a transparência da gestão Marquinhos Trad e a natureza dos serviços prestados pelos servidores que receberam os supersalários.

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