Covid-19 fecha 40% das lojas da Feira Central e agrava crise
A Feira Central de Campo Grande, com 97 anos de funcionamento, passar por uma crise agravada pela pandemia da Covid-19, o novo coronavírus. A doença fez com que 40% dos empreendimentos permanecessem fechados e outros encerrassem permanentemente as atividades.
Além dos empreendimentos, a própria administração do espaço está com dificuldades financeiras e demitiu cinco profissionais “na tentativa de conter gastos e dar sobrevida ao ponto turístico campo-grandense”, informou a Feira Central, por meio de nota.
“A crise do novo coronavírus só veio dificultar ainda mais a sobrevivência desses negócios. Por isso, mais do que nunca a Afecetur (Associação da Feira Central, Cultural e Turística de Campo Grande) busca o apoio e conscientização da população e do poder público sobre a necessidade de que esse espaço seja recuperado, afinal, a história de Campo Grande passa por aqui”, diz outro trecho da nota.
O empreendimento é o único negócio de Campo Grande que possui 97 anos de inventário e está em atividade. Segundo a administração da Feira Central, o empreendimento está envelhecido e, em 14 anos, nunca passou por uma revitalização.
“Em 2017, um estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apontou que a feirona sofreria decadência caso não passasse por adequações e modernização em sua estrutura física. Essa previsão já é realidade e coloca em risco a sobrevivência desse patrimônio, uma vez que até hoje os empresários aguardam os investimentos que dependem de licitação”, pede a administração.
A Feira Central voltou a funcionar após as medidas de restrição do comércio, estabelecidas pela Prefeitura de Campo Grande para conter a evolução de casos do novo coronavírus, começaram a ser flexibilizadas, no mês passado. O local, inclusive, passou por um processo de descontaminação feito por uma parceria entre Exército e Marinha.
(Correio do Estado)