Troca de Farpas: Pra quem vai o “Oscar de melhor atuação”

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A Câmara Municipal de Campo Grande mal abriu suas cortinas para a nova legislatura e já temos um drama digno de Oscar. Nossos protagonistas? Os estreantes Marquinhos Trad (PDT) e Rafael Tavares (PL), campeões de bilheteria nas urnas.

Nem esperaram o juramento na Câmara para se engalfinhar num duelo retórico!

Rafael, o protagonista desse editorial, fez sua estreia com uma visita ao secretário de Educação. Tudo bem, a princípio, não fosse a legenda publicada em tom provocativo: “Só pra dar um susto nos militantes comunistas disfarçados de professores”. A frase reverberou como rojão fora de época, despertando o defensor das causas educacionais.

Marquinhos, de olho na repercussão, subiu no palanque digital. Num vídeo fervoroso, declarou que educadores não precisam de disfarce, e que ameaças são, no fundo, uma evidência de “falta de educação”. Citou ainda o tal “fantasma do comunismo”, que, segundo ele, assombra mais as cabeças de quem o invoca do que as salas de aula.

A tréplica veio carregada de ironia. Rafael rebatizou a reação de Marquinhos como um “xilique” e garantiu que sua missão é clara: lutar contra ideologias, não contra mestres. Ele convidou seus seguidores para um debate público, numa convocação quase militar para a arena virtual.

O que os moradores da cidade se perguntam é se esse show inaugural vai se transformar em algo produtivo para a educação ou se, afinal, é só mais um capítulo de uma novela política que promete mais vaidades do que soluções.

Por enquanto, seguimos atentos, entre sustos, disfarces e xiliques.

O futuro da cidade, e o Oscar de melhor atuação, dirão.

Por Alcina Reis

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