O que sobrou do Rio Miranda deságua em banco de areia com Paraguai

Expedição encerra em ‘praia’ formada no meio do encontro de águas após mais de 400 km de assoreamento

 

Depois de percorrer mais de 400 km, a expedição técnica de proteção do Rio Miranda encontrou uma ‘praia’ no meio do encontro das águas com o Rio Paraguai, em Corumbá. O cenário desolador é um reflexo do mau uso do solo desde a área de nascente do rio Miranda, em Jardim, que acelera o assoreamento do recurso hídrico.

O biólogo do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Sérgio Barreto, registrou o banco de areia no meio do rio que está muito baixo. “Estamos na foz do Rio Miranda. Ações precisam ser feitas. O rio vem perdendo profundidade devido ao problema de assoreamento muito grave associado à erosão, desmatamento das matas ciliares, problema nas áreas de nascente e mau uso do solo. Algo precisa ser feito”, afirma.

Moradores das margens do rio também foram abordados pela equipe que está relatando os problemas ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul. “Tem um dos pesqueiros que está aqui há 40 anos. Os moradores relatam que já viram o rio seco, mas não com perda de profundidade como agora. Os bancos de areia estão visíveis e fica difícil a navegação no rio”, completa Barreto.

A expedição tenta alertar as autoridades para ‘estancar a sangria’. “Se continuar assim, vai piorar cada vez mais. Isso vai influenciar diretamente na fauna e nas pessoas que precisam dessa água para abastecimento. Sem água não tem vida”.

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– CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

 

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