Campanha de Trump tenta bloquear transferência de fundos de Biden para Kamala

Donald Trump e Kamala Harris | Créditos: Reprodução/Instagram

 

A campanha de Trump apresentou uma queixa à Comissão Federal de Eleição (CFE) na terça-feira (23), argumentando que o dinheiro arrecadado para a campanha de reeleição do Presidente Joe Biden não pode ser transferido para a campanha presidencial da Vice-Presidente Kamala Harris.

A queixa foi apresentada pelo advogado geral da campanha de Trump, David Warrington, e argumenta que transferir os fundos seria “pouco mais do que uma contribuição excessiva de 91,5 milhões de dólares de um candidato presidencial para outro”.

“Kamala Harris está tentando perpetrar um roubo de 91,5 milhões de dólares dos fundos remanescentes da campanha de Joe Biden – uma tentativa descarada de captar dinheiro que constituiria a maior contribuição excessiva e a maior violação na história do Ato de Campanha Eleitoral Federal de 1971, conforme alterado”, diz a queixa, cuja cópia foi obtida pela CNN.
A queixa é contra Biden, Harris, a campanha de Biden (agora a campanha de Harris) e a tesoureira da campanha, Keana Spencer, “por violação flagrante da Lei ao fazer e receber uma contribuição excessiva de quase cem milhões de dólares, e por apresentar formulários fraudulentos à Comissão alegando reutilização do comitê principal de campanha de um candidato para o uso de outro candidato”.

É improvável que a comissão tome qualquer ação antes de 5 de novembro, dia da eleição, dada a sua lenta resolução de questões de aplicação da lei.
“Eu não acredito que a maioria dos advogados de finanças de campanha considerem que esta seja a melhor interpretação da lei”, disse Rick Hasen, especialista em direito eleitoral da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), à CNN na terça-feira sobre o argumento da campanha de Trump. No entanto, ele acrescentou: “Isso não significa que não possa ficar preso nos procedimentos da CFE por anos”.

Um porta-voz da CFE se recusou a comentar, citando a política da agência de não discutir assuntos de aplicação da lei.

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