Após paralisação, obra do Aquário é retomada, mas prazo fica indefinido
Após 15 dias de paralisação, as obras do Centro de Pesquisa e Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, o Aquário do Pantanal, em Campo Grande, foram retomadas. Porém, Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul), que já não tinha prazo para a conclusão, admite que o cronograma de execução será alterado.
Isso porque ainda falta assinar contrato com a vencedora da licitação para concluir o revestimento composto, a Aluminum Comunicação Visual. “Conforme os prazos legais, assim que o contrato for assinado, o que deve acontecer nos próximos dias, a empresa receberá Ordem de Início de Serviço”, informou a Agesul em nota.
Mas de acordo com o órgão, as empresas que executam a obra estão com dificuldades de comprar material, sem contar as restrições impostas aos operários devido à pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Outros procedimentos licitatórios também foram paralisados devido à crise, o que afetou também o andamento dos trabalhos.
HISTÓRICO
Iniciada em 2011, a obra estava parada desde 2014 e sofreu com o desgaste em decorrência do tempo e do abandono e foi retomada em agosto de 2019. Orçada inicialmente em R$ 84.749.754,23, a obra inacabada já consumiu mais de R$ 240 milhões do cofre do governo do Estado.
Em um novo levantamento, realizado no ano passado, foi apontado que seriam necessários R$ 40 milhões para recuperar o que foi danificado com o tempo e concluir a construção.
“Sobre investimentos anteriores, a atual gestão do Governo do Estado não se pronuncia e se restringe a falar apenas dos valores de retomada de obra”, diz nota da Agesul divulgada em fevereiro.
Instalado no Parque das Nações Indígenas o centro de pesquisa contará com 32 tanques (24 internos e oito externos) da ictiofauna pantaneira (peixes e répteis), mais de 5,4 milhões de litros de água e um sistema de suporte à vida com condições reais do habitat.
O objetivo é fazer do espaço um centro de referência em pesquisas e, para isso, o empreendimento também terá um museu interativo, biblioteca, auditório com capacidade para 250 pessoas, sala de exposição e laboratórios de pesquisa para estudantes, cientistas e pesquisadores.
Correio do Estado