Campo Grande: no retorno da Câmara vereadora pede que prefeita resolva crise fiscal acabando com a “folha secreta” de salários
Na abertura do ano legislativo da Câmara Municipal de Campo Grande, a vereadora Luiza Ribeiro (PT) usou a palavra para representar a bancada da oposição atual gestão do executivo municipal.
No pronunciamento, disse que a oposição espera que “a prefeita Adriane Lopes, neste ano de 2024, faça diferente do que fez nos anos anteriores”, demonstrando que é preciso corrigir a crise fiscal que se arrasta na Prefeitura. Afirmou que a principal tarefa é tomar as medidas que já foram apontadas pelo Legislativo e pelo TCE/MS para o controle dos gastos públicos. “Não podemos permitir que nossa cidade prossiga ocupando os últimos lugares em rankings que comparam a gestão fiscal das capitais”, afirmou.
E prosseguiu: “para isso a medida é simples: abandonar práticas de contratações de servidores sem concurso, de cargos comissionados e de confiança e turbinar os salários com pagamentos não previstos em lei que sangram nossas receitas. A solução não está na supressão de direitos duramente conquistados pelos servidores de carreira, efetivos. A solução é desmanchar aquilo que foi feito e, ainda permanece, e que não está amparado por norma legal, ou seja, acabar com os pagamentos ilegais que ficaram conhecidos como ‘folha secreta’”.
Afirmou que desde a chegada do presidente Lula à Presidência da República, temos um novo momento do Brasil, com crescimento econômico, com altos investimentos de recursos federais em todas as áreas e especialmente na infraestrutura e em programas sociais e, inclusive, os valores repassados como FPM (Fundo de Participação dos Municípios) atingiu, no ano passado, o maior volume da história.
“Não estamos em tempos recessivos em nosso país, não podemos, por isso admitir crise na administração das finanças de Campo Grande. É tempo de crescer, mas para isso é preciso corrigir o que não está bem na gestão fiscal da Prefeitura”, afirmou a vereadora falando pela oposição.
Ainda, criticou a gestão alertando que faltam remédios com regularidade nos postos de saúde e nas UPAS, não avançamos na realização de exames e cirurgias. Na educação, milhares de crianças ficam privadas da oportunidade de ensino, seja nas educação infantil (zero a três anos), impondo aos pais irem até a Defensoria Pública para ajuizar ação de mandado de segurança e com isso obterem o direito a uma vaga. Reclamou da decisão da absurda decisão do Executivo Municipal de autorizar um aumento da tarifa de água/esgoto (4.14%), a tarifa mais cara do país, faltam investimento na cultura, há uma quantidade de obras inacabadas na cidade, ausência de uma política de enfrentamento aos efeitos da crise climática e de investimentos para atração de novos negócios na cidade.
(Fonte: Assessoria de Imprensa – Foto: Izaías Medeiros)
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