Senadores da Oposição Exigem Suspeição de Moraes Após Caso Jordy:
Senadores Ciro Nogueira, Rogério Marinho, Flávio Bolsonaro e Tereza Cristina | Créditos: Reprodução/O Pder 360
Líderes da oposição no Senado emitiram uma declaração conjunta condenando a operação realizada contra Carlos Jordy (PL), líder da oposição na Câmara, alvo de busca pela Polícia Federal na operação Lesa Pátria. Os senadores expressaram preocupação e defenderam a suspeição do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na relatoria das ações relacionadas ao 8 de Janeiro.
Na nota divulgada, os líderes da oposição argumentam que a postura republicana esperada seria que o próprio ministro se declarasse suspeito para julgar os atos do 8 de janeiro, visando a pacificação do país e agindo em conformidade com a lei e a defesa da Constituição. Os senadores signatários do documento incluem Roger Marinho (PL), Ciro Nogueira (PP), Flávio Bolsonaro (PL), Carlos Portinho (PL), Tereza Cristina (PP), Mecias de Jesus (Republicanos), Izalci Lucas (PSDB), Eduardo Girão (Novo).
Eles alegam que as declarações públicas de Moraes levantam “sérias dúvidas” sobre sua imparcialidade e que a nomeação do ministro para conduzir os processos relacionados aos ataques às sedes dos Três Poderes desviou-se do procedimento padrão de livre distribuição, indicando um vício de origem em sua designação.
Alexandre de Moraes, relator dos processos, tomou mais de 6.200 decisões nas ações relacionadas aos atos de 8 de Janeiro ao longo de 2023, segundo informações divulgadas por seu gabinete. O balanço completo indica que 146 réus serão julgados até abril de 2024 em 10 sessões virtuais.
Para os senadores opositores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a atuação de Moraes é “questionável” e carece de amparo na Constituição, argumentando que ele não possui imparcialidade para julgar os processos do 8 de Janeiro, sendo supostamente vítima, investigador e julgador simultaneamente.
Os congressistas expressaram grande preocupação ao receberem informações sobre a operação contra Jordy. Na quinta-feira (18 de janeiro), agentes da PF realizaram buscas no gabinete do deputado em Brasília, na Câmara dos Deputados, e em endereços no Rio, cumprindo mandados expedidos pelo STF. A ação visa identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos antidemocráticos de outubro de 2022 ao início do ano passado, incluindo o 8 de Janeiro.
Carlos Jordy prestou depoimento à PF após as buscas, negando qualquer relação com os eventos do 8 de Janeiro e afirmando: “Nunca incentivei e muito menos financiei os atos extremistas”.
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