Até o cimento da ponte Bioceânica está sob suspeita
A Operação Ponte Segura, liderada pela Receita Federal e externa para as obras da Rila (Rota de Integração Latino-Americana) entre Porto Murtinho, no Brasil, e Carmelo Peralta, no Paraguai, trouxe à luz suspeitas em torno do Consórcio PYBRA, responsável pela construção da ponte na Rota Bioceânica. O consórcio está agora sujeito a esclarecimentos perante as autoridades fiscais brasileiras.
O gerente da PYBRA, o engenheiro Paulo Leitão, confirmou que a Receita Federal solicitou a documentação referente aos materiais adquiridos no Paraguai, e o consórcio está preparando uma papelada para submetê-la à RFB. Prevê-se que a empresa publique uma carta aberta amanhã à tarde, esclarecendo as suspeitas levantadas.
Materiais como cimento, areia e vigas de ferro, fundamentais para a construção da ponte, foram adquiridos e estão agora sob suspeita de contrabando. A quantidade exata desses insumos ainda não foi contabilizada pela Receita. Fontes do órgão informaram que os equipamentos utilizados na obra não estão envolvidos em suspeitas de sonegação e contrabando. No entanto, a empresa terá que apresentar a sua defesa durante o processo administrativo em andamento.
A Receita Federal revelou que uma investigação teve início durante vistorias de rotina, quando uma equipe de inteligência suspeitou que as compras de insumos ocorreram sem o devido pagamento de impostos de importação.
Embora a RFB inicialmente tenha descartado denúncias, o Campo Grande News recebeu materiais que indicam a entrada irregular desses materiais e seu estocagem desde o final de outubro. A Receita Federal respondeu, em 9 de novembro, negando suspeitas de contrabando, mas enfatizou a necessidade de cumprimento da legislação aduaneira para a importação de insumos estrangeiros na construção.
O Consórcio PYBRA, composto por Tecnoedil Ltda (paraguaia), Paulitec e Cidades Ltda (brasileiras), planeja concluir a ponte no primeiro semestre de 2025.
A Operação Ponte Segura, hoje deflagrada, visa investigar suspeitas de contrabando e descaminho de materiais na construção da ponte que liga Brasil e Paraguai, integrando Porto Murtinho e Carmelo Peralta na Rila. A Receita Federal informou que a operação foi desencadeada após uma investigação preliminar apontada para a possível estocagem e uso de insumos sem comprovação de aquisição no mercado interno ou importação regular. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre apreensões nos canteiros de obras.
Com informações do Campo Grande News