Governo Federal terá R$ 6 bi para micro e pequenas empresas
O governo pretende lançar uma linha especial de financiamentos para micro e pequenas empresas com recursos dos fundos constitucionais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A estimativa é de que cerca de R$ 6 bilhões poderão ser disponibilizados pelos bancos às empresas que estão nas regiões atendidas por esses fundos. São informações do Estadão.
A proposta do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) é oferecer condições facilitadas, como juros subsidiados (de 2,5% ao ano), a pequenas empresas e até pessoas físicas que ficaram sem dinheiro para tocar os negócios em meio à crise provocada pelo avanço do novo coronavírus.
O objetivo é atender empresas que ficaram de fora do alcance da linha oferecida pelo BNDES para auxiliar no pagamento de salários.
A linha emergencial de crédito para a folha de pagamento vai emprestar para companhias com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. Os pequenos ficaram de fora do anúncio anterior, o que motivou críticas.
Remanejamento
O MDR negocia com a equipe econômica e com os bancos o remanejamento de recursos de outras linhas de empréstimo ofertadas com dinheiro dos fundos constitucionais do Nordeste (FNE), do Norte (FNO) e do Centro-Oeste (FCO).
A avaliação é de que os bancos que operam os recursos (Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e Banco do Brasil) poderão disponibilizar cerca de R$ 6 bilhões.
Antes disso, porém, é preciso aprovar a medida no Conselho Monetário Nacional (CMN), formado por integrantes do Ministério da Economia e do Banco Central.
Segundo uma fonte da área econômica, uma reunião extraordinária do CMN pode ocorrer até esta segunda-feira (06/04) para dar aval à nova linha.
Os valores dos financiamentos serão pequenos. Será possível contratar até R$ 100 mil para capital de giro (para bancar despesas com custeio, manutenção, formação de estoques e pagamento de salários) ou até R$ 200 mil para investimento (com preferência aos destinados à produção de bens e serviços que auxiliem no combate à Covid-19 ou à manutenção de serviços essenciais). A taxa efetiva de juros será de 2,5% ao ano.