Dois hospitais da Capital têm 43 respiradores quebrados

Com 43 ventiladores mecânicos, ou respiradores, quebrados e fora de funcionamento em dois hospitais públicos de Campo Grande, foi necessário montar verdadeira força-tarefa para colocar todos os equipamentos de volta ao trabalho. No Hospital Regional (HRMS), 22 aparelhos estão inoperantes e outros 21 estão parados no Hospital Universitário (Humap-UFMS).

“Estamos com um técnico desde o início da semana aqui”, explicou a diretora-presidente Rosana Leite de Melo, sobre a avaliação dos aparelhos quebrados. Mas a ajuda para consertar os ventiladores veio do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).

Mesmo com as aulas suspensas por conta da pandemia, professores dos cursos de Eletrotécnica e Eletrônica entraram na linha de frente para consertar os aparelhos que estavam inoperantes no HRMS. “Acabamos de pegar os equipamentos. Ainda é muito cedo pra saber quantos vamos conseguir arrumar. São materiais complexos e ainda estamos na fase de infraestrutura, pra começar a mexer”, explicou o professor Fernando Guimarães.

Até agora o IFMS recebeu 17 dos 22 equipamentos quebrados do HRMS. A equipe de voluntários tem aproximadamente 21 professores, quatro deles atuando diretamente nos consertos. “Estamos com todos os professores de elétrica e mecânica ajudando de uma forma ou de outra”, explicou Guimarães.

HUMAP

O superintendente do Hospital Universitário (Humap-UFMS), Cláudio César da Silva, confirmou que a unidade tem 21 respiradores que precisam de reparos no local. Porém onze já estão com orçamento pronto e para serem colocados em funcionamento custaria aproximadamente R$ 800 mil. “Não é barato, vamos correr para em 10 a 15 dias colocar esses onze para funcionar”.

Outros dez equipamentos também estão parados. “Temos mais dez e nossa equipe está em busca de definição de material que falta ser comprado”, diz o superintendente.

Além disso, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) – que administra 40 hospitais universitários federais no Brasil, dois deles em Mato Grosso do Sul – deverá adquirir parque tecnológico de ventiladores mecânicos. “Estamos aguardando, pois deve ser finalizada a aquisição pela Ebserh de mais nove aparelhos. Estão muito caros, subiu o preço, antes custava R$ 150 mil e agora passou para R$ 300 mil cada um. Mas a perspectiva é de que chegue em 30 dias”.

Atualmente o Humap tem 65 aparelhos em funcionamento. Já o HRMS não informou quantos equipamentos estão funcionando. Na semana passada durante coletiva pela internet, o Governo do Estado informou que a rede pública de saúde tem 515 respiradores.

A intenção é criar ainda mais leitos em UTI para atender pacientes com Covid-19 em MS. “Temos tentado comprar o maior número possível para abrir mais leitos de UTI”, explicou a secretária-adjunta de estado de Saúde, Christine Maymone.

A previsão era de que em dez dias o Estado abrisse 227 leitos de UTI. Uma parcela dos 227 novos leitos de UTI será adaptada dos 5.596 leitos que o Estado já tem, conforme dados do DataSUS. Deste total, 2.220 estão em Campo Grande. Mais da metade dos leitos da Capital (1.317) pertence à rede pública.

ALTERNATIVAS

O Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, e o Centro de Convenções Albano Franco são opções para serem transformados em hospitais em Campo Grande. Os locais são alternativas caso a quantidade de pacientes aumente.

As informações são do Correio do Estdado

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