Petrobras reduz preço do diesel, mas gasolina segue inalterada
Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel e 10% de biodiesel vendida nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,45 a cada litro vendido na bomba.
“Essa redução tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da Petrobras frente às principais alternativas de suprimento dos nossos clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino”, afirmou a companhia.
O movimento era esperado pelo mercado, já que a Petrobras vinha praticando preços acima da paridade de importação — conceito que simula quanto custaria para importar o produto —há cerca de duas semanas.
Na abertura do mercado desta terça, por exemplo, o preço médio do diesel nas refinarias da estatal estava 3%, ou R$ 0,10 por litro, acima da paridade, segundo cálculos da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
Nas bombas, o preço do diesel vem em queda há seis semanas, como reflexo dos dois cortes promovidos pela estatal em 2023 —o primeiro foi no início de janeiro, ainda antes da posse de Prates.
Na semana passada, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) o preço do diesel S-10 caiu 0,5%, ou R$ 0,03 por litro, para R$ 5,97 por litro. É o menor valor desde agosto de 2021, considerando a inflação do período.
O produto, porém, será pressionado em abril com a nova alíquota única de ICMS, que é maior do que a atual, e com o aumento da mistura de biodiesel de 10% para 12%, que acrescenta ao menos dois centavos por litro.
A nova alíquota única do ICMS será de R$ 0,95 por litro, ou R$ 0,13 mais cara do que a alíquota média vigente na primeira quinzena de março, segundo as contas do consultor Dietmar Schupp, especialista em tributação dos combustíveis.
O recuo do preço do diesel acompanha a queda nos preços do barril de petróleo no mercado internacional. Nesta semana, os preços do petróleo foram ao seu nível mais baixo em quase 15 mese. Para economistas, a explicação é a crise bancária persistente, que gera temores de uma desaceleração do crédito e da economia.
O barril do tipo Brent, referência para os preços da Petrobras, chegaram à casa dos US$ 72,97. Nos momentos mais críticos dos preços de combustíveis, estavam no patamar de US$ 140.
FONTE CORREIO DO ESTADO