Comportas de vertedouro de Itaipu Binacional estão abertas com vazão superior às Cataratas do Iguaçu

Cena pouco comum tinha ocorrido pela última vez em 23 de outubro de 2021, para controle do nível do Rio Paraná. Quedas têm vazão normal de 1,5 milhão de litros por segundo. Visitas seguem normalmente.

As comportas de um vertedouro de Itaipu Binacional, a segunda maior hidroelétrica do mundo, estão abertas e atingiram a marca de mais de 1,7 milhão de litros por segundo, nesta segunda-feira (15). O fluxo é superior ao considerado normal nas Cataratas do Iguaçu, que é de 1,5 milhão de litros por segundo.

A Itaipu informou que abriu as comportas para controlar o nível do reservatório e manter a segurança da barragem da usina.

A cena pouco comum tinha ocorrido pela última vez em 23 de outubro de 2021, para controle do nível do Rio Paraná. A hidrelétrica está localizada na fronteira entre Brasil e Paraguai.

A abertura do vertedouro foi realizada no sábado (14). A assessoria da hidrelétrica informou que o vertedouro vai permanecer aberto “enquanto o cenário atual de geração de energia e de previsão de chuvas se mantiver”.

De acordo com a usina, a liberação da água ocorre em função das chuvas recentes no sudeste do país, registradas em rios afluentes do Rio Paraná, levando o nível do reservatório da usina à capacidade máxima. O escoamento é necessário para liberar o excesso de água.

Comportas de vertedouro de Itaipu Binacional estão abertas com vazão superior as Cataratas do Iguaçu — Foto: Reprodução RPC

As visitas turísticas não sofreram alterações. Os ingressos para visitar Itaipu podem ser comprados no site da usina.

A abertura do vertedouro não afeta a geração de energia, já que a água utilizada para este fim passa por outro ponto da barragem, segundo a assessoria.

O aumento de produção de energias renováveis no Brasil também impacta significativamente Itaipu. Em 1997, ela era responsável por 25% de toda energia consumida no país. Atualmente, representa 8,4%.

Especialistas e a empresa atribuem essa queda à participação de novas fontes de energia no sistema brasileiro, o que tornou a usina uma espécie de “bateria”, uma reserva para momentos de emergência.

Com custo mais baixo de produção, essas novas fontes são preteridas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

VEJA FOTOS DA ABERTURA:

Fonte: G1

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