Luiz Ovando e Tereza Cristina são os únicos da bancada de MS contrários à PEC da Transição
Deputados do PP de MS foram contra o posicionamento do próprio Partido Progressistas – Pablo Valadares/ Correio do Estado
Ambos do Partido Progressistas, os votos dos dois deputados se destacam, uma vez que até mesmo a própria liderança do PP indicou orientação favorável à proposta.
Ainda que o argumento – para posicionamento contrário à PEC -fosse uma proximidade com Jair Bolsonaro, os dois saem em evidência, já que até o “Tio” Trutis votou à favor da proposta.
Diferente dos dois progressistas, foram favoráveis à PEC da Transição (32/2022) os seguintes deputados:
- Beto Pereira (PSDB)
- Dagoberto Nogueira (PSDB)
- Fábio Trad (PSD)
- Loester Trutis (PL)
- Rose Modesto (União)
- Vander Loubet (PT)
Conheça Tereza e Ovando
Eleita senadora, Tereza Cristina já foi Ministra da Agricultura, durante o governo de Jair (entre 2019 e 2022).
Ainda nos primeiros anos da gestão, a campo-grandense ganhou destaque na mídia por algumas posições, como a fala em que chama os incêndios no Pantanal de “desastre”, apontando que o “boi é o bombeiro” desse bioma, e que sua presença teria diminuído esses casos.
Ainda, sobre o projeto que facilita a autorização de agrotóxicos no Brasil, que ficou popularmente conhecido como “pacote do veneno”, em defesa da proposta no começo deste ano, a ex-ministra comparou os pesticidas aos remédios.
Por seu claro posicionamento em defesa do agronegócio, Tereza Cristina ganhou “fama” internacional e chegou a ser chamada de “Dona Desmatamento” e “musa do veneno”, pelo jornal francês Le Monde, em 29 de maio de 2020.
Já o médico corumbaense, Dr. Luiz Ovando, é outra figura icônica do cenário político, sendo reeleito neste ano com 45.491 votos e, apesar de ter suas disputadas eleitorais decididas na urna eletrônica, é um defensor do voto impresso – pelo menos – desde 2021.
Ainda em 2021, segundo ano da pandemia, Luiz Ovando ganhou notoriedade após sair em defesa do chamado “tratamento precoce”, sendo elogiado inclusive por Jair Bolsonaro por defender o procedimento.
Sobre a PEC da Transição
Com o texto-base aprovado em 1.º turno, a PEC da Transição permitirá que o governo Lula deixe R$ 145 bilhões fora do teto de gastos, no orçamento de 2023, conforme Agência Câmara de Notícias,
Na noite de ontem (20), o texto contou com 331 votos favoráveis e 168 contrários, sendo que a proposta será retomada nesta quarta-feira (21) para a votação de destaques, que podem mudar trechos do projeto.
Conforme o acordo de Lula com o Centrão, estão previstos R$ 12,4 milhões a mais em emendas parlamentares individuais para cada deputado e R$ 39,3 milhões extras para cada senador.
FONTE CORREIO DO ESTADO