Soja: produtores do MA gastam R$ 500 mil para arrumar rodovias estaduais


A chuva em excesso inundou rodovias estaduais não pavimentadas importantes para o escoamento da safra 2020/2021 de soja, no Sul do Maranhão. “Em 14 dias, choveu quase 300 milímetros, e a previsão é de mais chuva nos próximos dias”, conta o produtor Paulo Roberto Kreling, dono da fazenda Temerante, localizada em Balsas (MA).

Com prejuízo de dois sacos de soja por hectare por conta do veranico de 23 dias durante a fase vegetativa, o agricultor conseguiu colher toda a área precoce. Agora, o excesso de chuva complica a colheita e o escoamento das variedades mais tardias. “E olha a situação da nossa estrada aqui, na nossa Transpenitente, aqui na Serra do Penitente, que abrange três municípios: Balsas, Tasso Fragoso e Alto Parnaíba”, chama atenção.

Outras rodovias estaduais não pavimentadas também estão difíceis de serem trafegadas por causa do excesso de chuva, e isso preocupa o setor. A MA-140, outro corredor importante de escoamento da soja do sul maranhense, é uma delas. Alguns trechos estão tão danificados que é praticamente impossível passar por eles. A situação está deixando agricultores revoltados, pois, sem ajuda do governo, eles desembolsam cerca de R$ 500 mil para fazer manutenção nas vias.

“Nas subidas, os caminhões não conseguem prosseguir por causa da lama e por mais que seja arrumada através da associação, não está dando condições de fazer o conserto dessa estrada para poder ter uma boa trafegabilidade dos caminhões”, diz o produtor Alex Barth.

Kreling acredita que a situação se resolveria com asfalto. “Fazemos um apelo ao nosso governo do estado para que possa nos ajudar, a formar uma parceria pública privada para ver a possibilidade da gente conseguirmos o asfalto”.

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Para o presidente da Aprosoja Maranhão, Wilson Ambrósio, a interiorização da soja avança e as estradas serão ainda mais decisivas para o bom funcionamento do setor. “A cultura está descobrindo o restante do estado, é um estado relativamente grande em área, então temos áreas novas e regiões novas, dentro de três a quatro anos vamos ter soja praticamente em todo o estado”, projeta.

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