Bombeiro é condenado por atrapalhar investigação d
A Justiça condenou nessa 6ª feira (12.fev.2021) o bombeiro Maxwell Simões Correa por atrapalhar as investigações sobre o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Sua pena é de 4 anos e pode ser cumprida em regime aberto. Ele também deverá prestar serviços à comunidade.
O bombeiro havia sido preso em junho de 2020 por ser o dono do carro usado para esconder as armas usadas no crime, que antes estavam no apartamento de Ronnie Lessa, um dos acusados pelo assassinato. Segundo o MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), o veículo foi utilizado para descartar o arsenal em alto mar.
A promotoria afirmou que a ação de Maxwell “prejudicou de maneira considerável as investigações em curso e a ação penal deflagrada na ocasião da operação Submersus, na medida em que frustrou cumprimento de ordem judicial, impedindo a apreensão do vasto arsenal bélico ali ocultado e inviabilizando o avanço das investigações”.
De acordo com o inquérito, em 13 de março de 2019, somente 1 dia após a prisão de Lessa e Élcio de Queiroz, acusados de serem os autores do assassinato, Maxwell e outros 4 investigados na operação Submersus ajudaram a ocultar as armas e acessórios de uso restrito. Até o momento, a arma de fogo utilizada para assassinar Marielle e Anderson não foi encontrada.
OUTROS DENUNCIADOS
Na 4ª feira (10.fev), a o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) negou um recurso de Lessa e Queiroz e determinou que os acusados de homicídio sejam levados a júri popular. Eles serão julgados por duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, emboscada e sem dar chance de defesa às vítimas.
O início do tribunal do júri ainda não tem uma data definida e os 2 acusados devem aguardar presos na cadeia federal de Porto Velho.
Além de Lessa, Queiroz e Maxwell, já foram denunciadas outras 4 pessoas por envolvimento no assassinato de Marielle e Anderson ou por obstruir as investigações do caso: Elaine Pereira Figueiredo Lessa, Bruno Pereira Figueiredo (mulher e cunhado de Lessa, respectivamente), José Marcio Mantovano e Josinaldo Lucas Freitas. Até o momento, não se sabe quem mandou matar Marielle.