Inflação para mais pobres chega a 6,22% em 2020, estima Ipea
A inflação para famílias mais pobres acumulou alta de 6,22% em 2020, segundo o Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A título de comparação, a inflação oficial do país, medida pelo IBGE, ficou em 4,52% no ano passado.
A sondagem do Ipea estabelece índices de preços para cestas de consumo de grupos separados por renda.
No ano passado, a faixa de menor renda sofreu com o maior aumento de valores dentre as estudadas. Trata-se do grupo com renda domiciliar até R$ 1.650,50 mensais. E, não bastasse o reajuste mais severo para famílias mais pobres, conforme o faturamento aumenta, cai o índice de inflação calculada pelo Ipea.
- Renda muito baixa (até R$ 1.650,50): 6,22%
- Renda baixa (de R$ 1.650,50 a R$ 2.471,09): 5,43%
- Renda média-baixa (de R$ 2.471,09 a R$ 4.127,41): 4,80%
- Renda média (de R$ 4.127,41 a R$ 8.254,83):3,97%
- Renda média-alta (de R$ 8.254,83 a R$ 16.509,66): 3,37%
- Renda alta (acima de R$ 16.509,66): 2,74%
IPCA: inflação oficial fecha 2020 em 4,52%, maior número em 4 anos
Resultados de dezembro
Só no mês de dezembro, a inflação para famílias mais pobres teve alta de 1,58%. O resultado é 0,53 ponto percentual maior que o índice registrado para famílias de renda alta, que foi de 1,05%.
- Renda muito baixa (até R$ 1.650,50): 1,58%
- Renda baixa (de R$ 1.650,50 a R$ 2.471,09): 1,46%
- Renda média-baixa (de R$ 2.471,09 a R$ 4.127,41): 1,38%
- Renda média (de R$ 4.127,41 a R$ 8.254,83): 1,21%
- Renda média-alta (de R$ 8.254,83 a R$ 16.509,66): 1,02%
- Renda alta (acima de R$ 16.509,66): 1,05%
“Embora tenha se mantido em dezembro o padrão inflacionário presente nos últimos meses, o reajuste da energia elétrica e a alta nos preços dos serviços livres se revelaram focos de pressão adicionais no orçamento das famílias”, diz o instituto.
Os focos de pressão apontados pelo instituto pesam mais entre os mais pobres. As tarifas de energia elétrica foram as protagonistas, com aumento de 9,3% no mês. Ainda nos itens para casa, destaque para alta de preços do botijão de gás, que subiu 2%. Entre alimentos, o Ipea destaca aumento de 7,3% da batata, de 5,6% das carnes, de 3,6 no arroz e 3,3% no feijão.
por G1