Nascemos num país que não sofre terremotos, furacões, erupções vulcânicas; desfrutamos de um saudável clima variado, temos terra suficiente para alimentar o mundo, belezas naturais de todos os tipos; não temos atentados terroristas que volta e meia abalam outros países, nem tínhamos ódios raciais, ideológicos ou luta de classes.
Nos últimos anos, esses ódios foram se institucionalizando e agora se expressam nas ruas e noticiários. Parece masoquismo, em que podemos ser felizes mas nos submetemos à penitênciado sofrimento.
Como se não bastassem a crise sanitária, que já leva 44 mil vidas e a consequente crise econômica, que vai matando milhares de empresas e milhões de empregos, alimentamos uma crise institucional entre a Suprema Corte e a Presidência da República. O disse-me-disse entre uns e outros é seguido pelas torcidas da mídia e das ruas, quase com tanta fúria quanto certas torcidas organizadas do futebol – que, aliás, entraram também nesse campo.
A Saúde e a Economia sofrem crises reais, fora do controle e da vontade dos que operam esses setores. Mas a crise político-institucional não está fora de controle. |