O que investiga o inquérito que levou à prisão de Sara Winter

Na manhã desta segunda-feira (15), a Polícia Federal cumpriu seis mandados de prisão contra líderes do movimento conhecido como “300 do Brasil”, entre eles a militante de direita Sara Winter.

As prisões ocorreram no âmbito de um inquérito que apura violações à Lei de Segurança Nacional — uma lei criada durante a ditadura militar (1964-1985).

Ao pedir as prisões, a Procuradoria-Geral da República (PGR) argumentou que Sara Winter e os demais militantes continuavam “organizando e captando recursos financeiros” para ações que se enquadram na Lei de Segurança Nacional, como atentar contra a integridade física dos chefes dos Poderes da República. · Por que a Ucrânia, onde Sara Winter diz ter sido treinada, fascina bolsonaristas? · Quem é Sara Winter, a ex-feminista e atual militante radical bolsonarista presa pela PF a mando do STF · ‘Estou mais preocupado com impacto da pandemia do que com risco democrático’, diz Barroso

Após a prisão, Sara Geromini (nome verdadeiro da militante) foi levada para a Superintendência Regional da PF em Brasília, onde deu depoimento por cerca de uma hora. Ela e os outros cinco líderes do movimento que foram detidos deverão permanecer presos, a princípio, por cinco dias.

Segundo a PGR, o objetivo das prisões temporárias é “ouvir os investigados e reunir informações de como funciona o esquema criminoso”.

Segundo a defesa de Sara Winter, a prisão se deu por causa do lançamento de fogos de artifício contra o prédio do STF, ocorrido na noite de sábado. A alegação, no entanto, não bate com as datas do processo: as prisões foram pedidas pela PGR ainda na sexta-feira (12), embora tenham sido autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes no domingo (14).

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