Operação da PF contra “laranjas” de Galã apreendeu até imóveis na planta
Já condenado em MS a 19 anos de prisão, traficante internacional depõe em ação por lavagem de dinheiro no dia 7 de abril
A Operação Spollium, desencadeada hoje (13) pela Polícia Federal para desmantelar a organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro para o traficante internacional Elton Leonel Rumich da Silva, o “Galã”, apreendeu até imóveis na planta. Projetos de casas luxuosas e condomínios foram encontrados nas buscas autorizadas pela Justiça, feitas em Ponta Porã (MS) e no interior paulista.
Conforme a PF, spollium significa pilhagem em latim, referência aos bens obtidos pela organização criminosa através de atividades ilícitas. Foram cumpridos hoje três mandados de busca e 39 de sequestro de imóveis, avaliados em R$ 4 milhões. As ordens foram expedidas pela 3ª Vara Federal de Campo Grande, especializada em casos envolvendo o crime organizado.
Essa é a segunda operação feita pela PF contra o esquema de lavagem de dinheiro mantido por Galã na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Em julho do ano passado, a Polícia Federal cumpriu outro mandado de prisão preventiva contra ele por usar contas bancárias abertas em nome de “laranjas” em agências de Ponta Porã.
Na época, o bandido estava no presídio de Bangu I, no Rio de Janeiro. No mês passado ele foi transferido para o Presídio Federal de Mossoró (RN), após a polícia carioca descobrir que Galã planejava gastar R$ 2 milhões para fugir pela porta da frente de Bangu I.
No dia 7 de abril deste ano, a Justiça Federal em Ponta Porã vai interrogar o bandido por videoconferência. O depoimento estava marcado para ontem, mas foi adiado devido à transferência dele para Mossoró. Em agosto do ano passado, Galã foi condenado pela Justiça Federal em Ponta Porã a 19 anos de prisão por integrar organização criminosa.
Elton Leonel estabeleceu ligações com a fronteira no período em que assumiu a liderança local da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Deixou a Linha Internacional em 2016, após a execução do chefão do crime na fronteira, Jorge Rafaat Toumani, em 15 de junho daquele ano, em Pedro Juan Caballero.
A polícia paraguaia aponta Galã como o responsável em colocar em prática o plano para eliminar Rafaat e permitir o crescimento das facções criminosas na fronteira. Depois o bandido fugiu para a Bolívia, segundo a inteligência da polícia. Voltou para o Brasil em fevereiro de 2018 e foi preso pela polícia carioca fazendo uma tatuagem na perna direita, em um estúdio na praia de Ipanema.
Com informações Campo Grande News
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