3 contagens da Covid-19 no Brasil | As “novas máscaras caseiras” recomendadas pela OMS

Para começar esse resumo de notícias. Na última sexta-feira (5), o Ministério da Saúde mudou a estratégia de divulgação de dados da epidemia de coronavírus no Brasil. A pasta passou a apresentar apenas os últimos registros de casos e óbitos do dia, sem a contagem total desde o início da pandemia.

No domingo (7). O Ministério da Saúde inicialmente comunicou 1.382 registros óbitos decorrentes da doença em 24 horas e depois atualizou o dado para 524. A pasta justificou que “corrigiu duplicações e atualizou os dados”. A mudança na forma da divulgação de dados e a confusão de informações gerou críticas. O Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) resolveu apresentar uma contagem paralela, assim como uma coalizão dos portais Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL. Até o ex-ministro da Saúde, Nelson Teich recomendou rever a alteração.

Na segunda-feira (8). A pasta parece ter observado os riscos das mudanças. Primeiro, voltou atrás na decisão de divulgar os números às 22h, e voltará a fazer a divulgação de dados por volta das 18h diariamente. E também anunciou uma novidade: uma nova plataforma com informações sobre a Covid, incluindo a ocupação de leitos. Confira na reportagem de Carlos Coelho:

Máscaras caseiras e outras doenças. Quem tem máscaras caseiras para se proteger da Covid-19 deve levar em conta uma nova recomendação da OMS: elas devem ter três camadas com diferentes materiais; saiba mais. Ainda que o uso de máscaras colabore com a prevenção, o medo de contágio pela Covid-19 tem afastado pacientes de hospitais, o que agrava o quadro de outras doenças; confira na reportagem de Roger Pereira.

Pelo mundo. O número de óbitos pela pandemia de Covid-19 já ultrapassou 400 mil pessoas, segundo a Universidade Johns Hopkins. Apesar disso, algumas metrópoles parecem estar conseguindo controlar surtos locais e passaram a relaxar a quarentena. É o caso de Nova York e Moscou. E sem casos ativos de Covid-19, a vida na Nova Zelândia voltou ao normal , com retorno às aulas e do transporte público sem distanciamento social. Foi mantido, contudo, o fechamento das fronteiras. A OMS ainda alertou que a pandemia diminuiu na Europa, mas cresce globalmente e o Papa lamentou as mortes na América Latina.

Fake news e TSE. O Tribunal Superior Eleitoral começa a julgar nesta terça-feira (8) duas ações que pedem a cassação da chapa eleitoral de Jair Bolsonaro à Presidência da República em 2018. De Brasília, Leonardo Desideri explica se há riscos de a chapa Bolslonaro-Mourão ser cassada.

Nos Estados Unidos. Após mais de 10 dias de protestos contra a morte de George Floyd por um policial branco, o partido Democrata apresentou uma proposta de ampla reforma policial nos EUA. Em Nova York, o prefeito prometeu cortar verba da polícia. Já o legislativo de Minneapolis, cidade onde Floyd foi assassinado, quer redefinir a segurança pública com o fim do departamento de polícia; entenda o que isso significa no texto de Isabella Mayer.

Pandemia. Justiça do Rio suspende flexibilização do isolamento, autorizada pela prefeitura e pelo estado

Manifestações. Movimentos de oposição confirmam novos protestos contra Bolsonaro

No aniversário da cidade. Foz do Iguaçu reabre turismo com barreiras sanitárias

No Paraná. TJ determina recontratação de 500 professores temporários

Debates pandêmicos. Colaborador do City Journal e colunista de ciência no New York Times, John Tierney opina: os políticos usaram a ciência para fugir da responsabilidade pela pandemia. Aproveite ainda para ler no artigo do professor e doutor em Economia Hugo Meza: Tudo será (quase) igual, até a vacina para a Covid-19 chegar. Já o comentarista esportivo Mauro Cezar Pereira alerta: os clubes estão asfixiados e o futebol brasileiro precisa voltar, mas como?. Por fim, o colunista Renan Santos faz uma provocação no artigo: O homem que escondia corpos.

Aproveite as leituras e tenha uma boa semana!