Vereadores de Palmares do Sul estão sob investigação por suposto desvio de doações

| Créditos: MPRS/Agência Brasil

 

Três vereadores e um secretário municipal de Palmares do Sul, Rio Grande do Sul, estão sendo investigados sob suspeita de desviar doações destinadas às vítimas de uma tragédia ambiental que afetou mais de 2,3 milhões de pessoas em 476 municípios gaúchos desde o fim de abril.

O presidente da Câmara Municipal, Sérgio Gil (PDT), confirmou à Agência Brasil que os vereadores Filipe Lang (PT), Manoel Antunes (PL) e Polon de Oliveira (União Brasil), além do secretário municipal de Administração, Rodrigo Machado Martins, são alvos da Operação Desvio.

Com o apoio da Polícia Civil, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MP-RS) deflagrou duas fases da operação nesta semana. Na terça-feira (4), foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências de Antunes, sua companheira e Martins. Documentos e mídias eletrônicas foram apreendidos, bem como produtos doados por entidades de outras regiões do país.

No sábado (8), promotores do Gaeco e policiais civis cumpriram mais 11 mandados de busca e apreensão. Dois deles foram executados em endereços ligados a Lang e Polon. Lang, pré-candidato a prefeito, foi detido por posse irregular de arma de fogo, mas liberado após pagar fiança. Polon é pré-candidato a vice-prefeito na chapa de Lang.

O MP-RS informou que as denúncias de apropriação indébita, peculato e associação criminosa estão sendo apuradas e comprovadas, indicando que os investigados teriam desviado donativos para obter vantagens eleitorais. Segundo o promotor Mauro Rockenbach, parte dos donativos foi encaminhada a famílias não afetadas pela tragédia, conforme evidências apreendidas.

A Polícia Civil informou que durante a operação de sábado foram apreendidos uma grande quantidade de donativos que seriam distribuídos de forma equivocada, além de dinheiro, celulares, documentos, um revólver sem registro e munições.

Sérgio Gil declarou que a Câmara Municipal está aguardando mais informações do Ministério Público para decidir as medidas a serem tomadas. Gil afirmou que, apesar das alegações de inocência dos vereadores, algum pedido de cassação de mandato pode ser apresentado, mas será necessário seguir os trâmites legais.

A Agência Brasil não conseguiu contato com os vereadores investigados. Na terça-feira, após a primeira fase da operação, Filipe Lang divulgou um vídeo confirmando que foi intimado a prestar esclarecimentos ao MP e alegou ser alvo de ataques políticos.

Com informações da Agência Brasil

 

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