PLMS rejeita apoiar o PSDB: “Um tiro no pé!”

| Créditos: Fogo amigo tucano – Charge de Frank, no Facebook

 

Na segunda-feira (09), o Conteúdo MS trouxe à tona uma situação inesperada no cenário político de Mato Grosso do Sul. Os 39 pré-candidatos a prefeito no interior do estado pelo Partido Liberal (PL), que foram convidados pelo então dirigente da sigla, o deputado federal Marcos Pollon, foram surpreendidos ao serem informados que não teriam legenda para disputar as eleições. Além disso, teriam que apoiar os candidatos do PSDB em seus municípios, conforme acordo entre as executivas nacionais dos dois partidos.

A reação foi contundente. Os pré-candidatos do PL, ao serem obrigados a apoiar o PSDB, se manifestaram contra a decisão. Chamando os tucanos de “candidatos melancia” – verdes por fora e vermelhos por dentro, expressão popularizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro – deixaram claro seu descontentamento. Essa aliança inesperada foi recebida com rejeição quase unânime.

A estratégia parecia infalível para o PSDB, que confiava no apoio do PL para fortalecer suas candidaturas. No entanto, a recusa veemente dos pré-candidatos do PL e de seus eleitores deixou os tucanos em uma situação complicada. Afirmando que, sendo de direita, não poderiam apoiar um partido que consideram de esquerda, os membros do PL deixaram evidente a falha na articulação política.

Essa decisão do PL, endossada por Bolsonaro, visa assegurar futuras vagas no Senado, mas pode ter um custo elevado. A frustração dos tucanos com a recusa de apoio é palpável, e o impacto dessa decisão nas próximas eleições ainda é incerto. Será que essa manobra política beneficiará ou prejudicará os candidatos do PSDB?

Enquanto isso, é importante valorizar a crescente participação feminina na política local, tanto em Campo Grande quanto no restante de Mato Grosso do Sul. Deixar o “clube do bolinha” se digladiar pode ser a oportunidade que as mulheres precisam para mostrar seu valor e conquistar mais espaço.

Só o tempo dirá se essa aliança controversa trará os frutos esperados ou se será um tiro no pé. Em política, como se sabe, nada está decidido até que o último voto seja contado.

Por Alcina Reis

Jornalista Alcina Reis | Créditos: Arquivo pessoal

 

CONTEUDOMS

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.