Obra da Rota Bioceânica deve ser concluída em até dois anos e meio
O secretário explica, no entanto, que a previsão é referente a obra física, que compreende a pavimentação de trechos de rodovias no Paraguai e Argentina, construção da ponte sobre o Rio Paraguai e do acesso e a reestruturação da BR-257 até Porto Murtinho.
Para além destas obras, a rota só será considerada completamente concluída quando estiver sendo operacionalizada.
“Só vai gerar impacto no dia em que a gente sair com um produto daqui de Mato Grosso do Sul e chegar com ele à China a um preço competitivo”, explicou Verruck.
A operacionalização envolve outros gargalos que vão além das obras físicas, como desafios na transposição das fronteiras que precisam ser solucionados a fim de tornar a rota competitiva.
“Atualmente, 80% dos conteiners que trazem produtos da China aos portos do Pacífico retornam vazios. Estamos falando no aproveitamento desse frete a um custo reduzido. Esses conteiners podem voltar cheios de carne”, ponderou.
O trajeto da Rota Bioceânica será um corredor rodoviário com extensão de 2.396 quilômetros que liga os dois maiores oceanos do planeta, do Atlântico ao Pacífico pelos portos de Antofagasta e Iquique, no Chile, passando por Paraguai e Argentina.
Em Mato Grosso do Sul, ela garantirá acesso a ponte sobre o Rio Paraguai, na divisa entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, no Paraguai.
Quando estiver em plena operação, Mato Grosso do Sul deve se transformar em porta de entrada de produtos chineses para o Brasil. Conforme Verruck, isso implicará num redimensionamento das estruturas alfandegárias e logísticas do Estado;
Verruck falou sobre o tema em Workshop sobre a Rota Bioceânica, realizado no Sebrae, do qual também participaram professores pesquisadores de diversas instituições de ensino filiadas ao CRIE (Conselho de Reitores das Instituições de Ensino Superior de Mato Grosso do Sul).
Correio Do Estado