MPF faz acordo com Philips para ressarcir R$ 60 milhões por fraudes na Saúde

O MPF (Ministério Público Federal) firmou acordo de leniência com a empresa Philips Medical Systems, no valor de R$ 59,9 milhões. O dinheiro será ressarcido aos cofres públicos. O acordo decorreu das investigações da Operação Ressonância, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.

A homologação do acordo contou com a 7ª Vara Federal Criminal, do juiz Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Lava Jato no Estado. A empresa se comprometeu a revelar fatos ilícitos apurados em investigação interna, praticados no Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), no Ministério da Saúde e na Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, envolvendo empresários e agentes públicos.

Tais ilícitos eram realizados sob o comando de Sérgio Côrtes e Miguel Iskin, que já foram denunciados nas Operações Fatura Exposta, Ressonância e SOS.

O acordo permite a preservação da empresa e a continuidade de suas atividades. Também estabelece mecanismos destinados a assegurar a adequação e a efetividade das práticas de integridade da empresa, prevenindo a ocorrência de novos ilícitos e privilegiando a ética e a transparência na condução de seus negócios.

A Philips Medical Systems forneceu ao MPF informações e documentos relacionados às práticas ilegais e se comprometeu a fornecer dados complementares que venham à tona em investigações internas.

A empresa também se comprometeu a cessar completamente o envolvimento nos fatos que revelou, e concordou em tomar medidas para evitar a repetição de condutas similares no futuro. Ela apresentará ao MPF relatórios elaborados por empresa de consultoria independente que avaliará a adequação do programa de integridade.

A homologação foi no último dia 3, mas as informações só foram divulgadas nesta 4ª feira (9.dez.2020), pela assessoria do MPF.

Com informações da Agência Brasil.

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