Indecisos: “Tem muito jogo ainda em Campo Grande”

| Créditos: Charge: Reprodução Jornal Opção

 

Em meio ao burburinho das campanhas e ao zumbido das promessas, uma revelação intrigante surge de pesquisa eleitoral em Campo Greande:

58% dos eleitores ainda estão indecisos, uma cifra que tem o poder de transformar o cenário político do estado. Mas o que faz um eleitor estar indeciso assim, tão em cima da hora?

Ah, o indeciso!

Os indecisos são frequentemente vistos como figuras ambíguas, desinformadas sobre os meandros da política local. Eles escutam um discurso aqui e outro ali, e acabam se afundando em um mar de incertezas. No entanto, essa imagem é uma simplificação. Muitos desses eleitores não são necessariamente desorientados, mas optam por manter suas preferências em segredo. Alguns preferem esperar para ver como a corrida eleitoral se desenrola e decidir no final quem “sobreviveu” aos embates, ou seja, nada está definido!

A pesquisa também revelou uma interessante dicotomia entre eleitores de extrema direita.

Apenas 30% deles estão dispostos a apoiar um candidato respaldado por Bolsonaro, enquanto 65% se afastam dessa opção. Isso reflete uma luta interna: será que os eleitores estão seguindo o Bolsonaro atual, que pede apoio para candidatos de centro-esquerda, ou permanecem fiéis aos valores tradicionais do ex-presidente, com seu discurso sobre “Deus, Pátria e Família”?

Por outro lado, a influência de Lula também foi colocada à prova. Apenas 19% dos eleitores disseram que votariam em candidatos apoiados pelo presidente, enquanto 77% se distanciam dessa possibilidade. A tática de alguns candidatos de evitar mencionar o apoio a Lula, mesmo que tenham laços com a esquerda, é um reflexo claro dessa dinâmica.

Entre os rumores que correm de boca em boca, há quem diga que candidatos têm se esquivado em mencionar esse apoio petista, em busca do voto indeciso. Fala-se em apoios silenciosos, velados. E o eleitor, esse curioso, quer mais do que promessas; quer autenticidade.

Quem é, afinal, verdadeiramente da direita? Quem só joga cortinas de fumaça?

Mato Grosso do Sul é, e sempre foi, um reduto conservador. Com Bolsonaro ou sem Bolsonaro, o eleitor sul-mato-grossense quer clareza e convicção.

E nessa reta final, fica a certeza: ainda há muito jogo a ser jogado.

Por Aclina Reis

Jornalista Alcina Reis | Créditos: Conteúdo MS

 

CONTEUDOMS

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.