Incêndios no Pantanal: Deputados exigem investigação sobre devastação de 135 mil hectares em 13 dias

| Créditos: ALEMS/Assembleia Legislativa de MS

 

Os incêndios que assolam o Pantanal foram tema central na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (19). Parlamentares debateram a preocupante situação que já consumiu 240 mil hectares do bioma este ano, com destaque para os alarmantes 135 mil hectares destruídos em apenas 13 dias, um recorde para Mato Grosso do Sul.

Na tribuna, o deputado Junior Mochi (MDB) destacou a urgência de medidas preventivas e a necessidade de investigar as causas dos incêndios. Além de reforçar o contingente de bombeiros e brigadistas, Mochi enfatizou a importância de identificar as origens dos focos.

“É crucial entender por que esses incêndios têm se intensificado de forma tão alarmante. Precisamos de um diagnóstico preciso e soluções técnicas viáveis para proteger nosso patrimônio natural, reconhecido internacionalmente”, afirmou o parlamentar.

Pedro Kemp (PT) expressou preocupação com as denúncias de que muitos dos incêndios são intencionais. “É fundamental responsabilizar os culpados. Relatos de cidades envoltas em fumaça, como Corumbá, destacam a gravidade da situação, sem previsão de chuvas para a região”, declarou.

O deputado também criticou a prática de queimadas autorizadas, ressaltando que essas não deveriam ser permitidas neste período crítico.

Coronel David (PL) cobrou maior apoio do Governo Federal. “O Governo do Estado já investiu R$ 150 milhões, mas precisamos de mais recursos e ação efetiva por parte do Governo Federal”, disse, referindo-se à demora na resposta do governo central em enviar representantes ao local.

Renato Câmara (MDB), presidente da Comissão do Meio Ambiente, anunciou uma reunião com o Governo do Estado para discutir medidas emergenciais. A comissão planeja visitar o centro de controle de incêndios na próxima semana.

Os incêndios deste ano já devastaram mais de 240 mil hectares do Pantanal, com temores de que 2024 supere os recordes de destruição de 2020, segundo relatos do Ecoa baseados em imagens de satélite.

 

 

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