Exercícios navais da China conduzidos em 4 regiões exibem sua capacidade de conter EUA, diz analista

A China está realizando exercícios quase simultâneos em quatro regiões marítimas. Trata-se de um evento raro, possivelmente designado para sinalizar sua prontidão para lidar com o confronto com os EUA e Taiwan.

Segundo especialistas, a escolha do momento para realização dos exercícios teria como intenção sinalizar sua capacidade de mobilizar forças para vários locais, embora Pequim não pretenda travar uma guerra contra os EUA.

As administrações de segurança marítima emitiram avisos em quatro locais entre a sexta-feira (21) e domingo (30) anunciando as manobras. Dois exercícios vão ocorrer no mar do Sul da China, um no mar da China Oriental, um mais ao norte no mar Amarelo e outro no golfo de Bohai.

No disputado mar do Sul da China, uma região a leste da província insular de Hainan será restrita a exercícios de segunda-feira (24) a sábado (29).

Apesar de intensificar o treinamento e exercícios de todos os ramos, é incomum para a China realizar manobras em quatro áreas praticamente ao mesmo tempo, após ter conduzido uma série de treinamentos no mês passado, avança jornal South China Morning Post.

Collin Koh, pesquisador da Escola de Estudos Internacionais S. Rajaratnam da Universidade Tecnológica de Nanyang de Singapura, disse que os quatro exercícios militares da China enviam desta vez sinais tanto políticos como operacionais.

“A primeira refere-se à demonstração da determinação em manter os preparativos de combate em tempo de paz aos olhos tanto do público interno quanto externo. A decisão seria direcionada principalmente para a recente onda de atividades militares dos EUA e seus aliados nessas áreas”, disse Koh.

“Operacionalmente, é para mostrar a capacidade do Exército de Libertação Popular (ELP) de realizar uma grande mobilização de forças para treinamentos em várias áreas marítimas, o que também destaca que o ELP não está afetado de maneira nenhuma pela pandemia”, concluiu.

Durante os últimos meses da pandemia, os EUA têm mantido uma presença constante no mar do Sul da China.

As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik

 

 

Fonte: Conteúdo ms

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