Coordenador de pesquisa da Uems prestigiou evento sobre a Rota Bioceânica, em Sidrolândia

Realizado na manhã deste sábado (16/10), o “Primeiro Encontro de Desenvolvimento e Integração – Sidrolândia: Coração da Rota Bioceânica/RILA”, com a presença de autoridades estaduais, municipais e empresários.

Organizado pela prefeita Vanda Camilo, o evento teve como palestrante o ministro de carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro, principal palestrante do encontro.

O diplomata é coordenador nacional do Grupo de Trabalho para o Brasil, na Coordenação Geral de Assuntos Econômicos da América Latina e Caribe, no Ministério das Relações Exteriores.

O professor doutor Lúcio Flávio Sunakozawa, coordenador da pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), colocou a instituição à disposição para contribuir com o bom aproveitamento dos benefícios que o projeto trará à região.

 “Dentro da Universidade nós tratamos de Rota Latino-Americana, porque é uma Rota que integra povos, culturas, histórias e, principalmente, subsidia os municípios, nos estudos e pesquisas para o desenvolvimento, para as nações, tanto nacional como internacional. A nossa universidade está presente aqui em Sidrolândia para fazer essas parcerias com o município, com os produtores, comerciantes, prestador de serviço e, principalmente, para dar um diagnóstico, uma esperança para novas gerações dessa região em relação a Rota Bioceânica. Sidrolândia tem uma característica que nos chama muita atenção, porque aqui tem vários assentamentos. Nós temos aqui a questão dos povos indígenas e, sobretudo, pela sua produção de agronegócio que é um destaque nacional e isso nós percebemos com a Rota Bioceânica é uma grande oportunidade para todos aqui da região, principalmente, para essa nova geração. Nós da universidade, estamos sempre acompanhando os municípios para fazer também essa prevenção, inclusive, das vulnerabilidades sociais, inclusive, dessas questões dos povos indígenas, dos assentamentos e oportunizar mercado, principalmente, vejo tanto de importadores da agricultura familiar, que tem nesse município e que pode ser um grande destaque nessa rota”, relatou Sunakozawa.

O Projeto

No ano 2000, o governo Fernando Henrique Cardoso e os dos demais países da América do Sul lançaram a Iniciativa de Integração da Infraestrutura Regional Sul-americana (IIRSA). O propósito era construir uma rede de obras de infraestrutura: hidrovias, portos, interconexões energéticas e de comunicações e corredores rodoviários. Para os proponentes, os maiores desafios a serem vencidos eram ambientais, devido à existência de três grandes “obstáculos”: a Floresta Amazônica, o Pantanal e a Cordilheira dos Andes.

A IIRSA não mais existe como tal, mas suas crias permanecem na agenda das empreiteiras e, logicamente, dos fazedores de políticas públicas – no Executivo e no Congresso. Duas dessas crias são a Hidrovia Paraná Paraguai e a chamada Rota Bioceânica.

O que é a Bioceânica?

A Rota de Integração Latino Americana (RILA), ou Rota Bioceânica, é um corredor rodoviário com extensão de 2.396 quilômetros, que pretende ligar o Oceano Atlântico aos portos de Antofagasta e Iquique, no Chile, passando por Paraguai e Argentina. Segundo seus propagadores, seria uma alternativa ao Porto de Santos (SP), encurtando distância e tempo para as exportações e importações brasileiras entre mercados potenciais na Ásia, Oceania e Costa Oeste dos Estados Unidos. No estado de Mato Grosso do Sul, a rodovia atravessa a parte sul do Pantanal.

 

Créditos: radiojotafm

 

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