Candidatos à prefeitura não economizaram nas críticas e acusações durante debate

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O primeiro debate entre os candidatos à prefeitura de Campo Grande, realizado pela ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), foi marcado por trocas de farpas e momentos de tensão. O encontro, que abriu a série de discussões para as eleições de outubro, teve alfinetadas e até dedo na cara entre os postulantes ao cargo.

Na abertura, os candidatos tiveram a oportunidade de se apresentar e destacar seus feitos. Adriane Lopes (PP), atual prefeita e candidata à reeleição, enfatizou as conquistas de sua administração, como a reforma de 205 instituições de ensino e os esforços para cumprir o piso salarial do magistério.

A tensão aumentou quando Rose Modesto e Adriane Lopes se enfrentaram diretamente sobre o cumprimento do piso salarial dos professores. Adriane falou sobre a inércia de Rose durante seu período como vice-governadora, enquanto Rose rebateu afirmando que Adriane apenas continuou as políticas do governo anterior.

O clima esquentou ainda mais quando Rose afirmou que priorizaria a educação em sua gestão. Adriane retrucou, lembrando que a lei salarial, aprovada há 12 anos com o apoio de Rose como vereadora, só foi implementada em sua administração. Adriane também acusou Rose de ter indicado secretários de Educação durante as gestões de Nelsinho Trad e Alcides Bernal, sem resultados satisfatórios. Rose, por sua vez, prometeu acabar com a “folha secreta”.

Outro momento de destaque foi protagonizado por Beto Figueiró (Novo), que criticou severamente a qualidade da merenda escolar, comparando o alimento servido às crianças a “lavagem” e afirmando que algumas escolas servem “carne malcheirosa”. A declaração gerou revolta entre os servidores presentes, que interromperam o candidato, levando-o a exigir a recuperação de seu tempo de fala.

O debate atingiu seu ponto máximo de tensão durante o embate entre Luso Queiroz (Psol) e Camila Jara (PT), quando Luso foi chamado de “louco” por Camila. Em resposta, ele subiu ao palco e apontou o dedo na cara da adversária, exacerbando ainda mais o clima de confronto.

Ao final, a ACP entregou um documento com compromissos a serem assumidos por todos os candidatos, que foi assinado por todos, exceto por Beto Figueiró.

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