Megaestrada Brasil-Chile: Começa a construção do acesso que liga a BR-267 a Ponte da Bioceânica

Obras da Ponte da Bioceânica, entre Porto Murtinho, no Brasil e Carmelo Peralta, no Paraguai — Foto: MOPC/Divulgação
Obras da Ponte da Bioceânica, entre Porto Murtinho, no Brasil e Carmelo Peralta, no Paraguai — Foto: MOPC/Divulgação

As obras do acesso de 13 quilômetros que vai ligar a BR-267, em Porto Murtinho, à Ponte da Bioceânica, na fronteira do Brasil com o Paraguai, tiveram início nesta sexta-feira (20). O anúncio foi feito pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, em Campo Grande, durante reunião na sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) para discutir as rotas de integração da América do Sul.

As obras da ponte e do acesso estão entre as principais iniciativas para a viabilização da Rota Bioceânica ou Rota de Integração Latino-Americana (RILA). Esse corredor é uma megaestrada que possibilitará ligar o oceano Atlântico ao Pacífico, no Chile, tendo Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, como ponto de saída do Brasil.

Trecho da Rota Bioceânica na Cordilheira dos Andes, na Argentina — Foto: Anderson Viegas/g1 MS
Trecho da Rota Bioceânica na Cordilheira dos Andes, na Argentina — Foto: Anderson Viegas/g1 MS

A megaestrada, segundo estudos da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), pode encurtar em mais de 9,7 mil quilômetros de rota marítima a distância nas exportações brasileiras para a Ásia. Em uma viagem para a China, por exemplo, pode reduzir em 23% o tempo, cerca de 12 dias a menos.

Esse ganho logístico representa incremento de competitividade para os produtos sul-mato-grossenses e brasileiros. Além disso, a rota possibilita o incremento da comercialização entre os quatro países por onde passa: Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, além de promover a integração cultural e o turismo.

Turismo também pode ser potencializado com a Rota, com visitação a atrativos como a Colina das Sete Cores, na Cordilheira dos Andes, em Jujuy, na Argentina; — Foto: Anderson Viegas/g1 MS
Turismo também pode ser potencializado com a Rota, com visitação a atrativos como a Colina das Sete Cores, na Cordilheira dos Andes, em Jujuy, na Argentina; — Foto: Anderson Viegas/g1 MS

A ponte está sendo construída por um consórcio binacional, com investimento de R$ 575,5 milhões da administração paraguaia da Itaipu. A estrutura tem uma extensão de 1.294 metros, dividida em três trechos: dois constituirão os viadutos de acesso em ambos os lados, e um corresponderá à parte estaiada, com 632 metros sobre o rio Paraguai, incluindo um vão central de 350 metros. Neste mês, a obra atingiu o percentual de 60% de conclusão, segundo o Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MPOC) do Paraguai.

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