Com Campo Grande em destaque, Brasil e Chile intensificam diálogos para Rota Bioceânica

Corredor bioceânico foi debatido em reunião entre Lula e Boric | Créditos: Ricardo Stuckert/PR

 

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gabriel Boric retomaram as discussões para a implementação de um ambicioso corredor rodoviário que conectará o Brasil ao Chile, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Com cerca de 2.300 km de extensão, a rota bioceânica tem o potencial de transformar o transporte de cargas e passageiros na região, abrindo mercado para 180 milhões de consumidores e reduzindo significativamente o tempo de trânsito de mercadorias.

Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, foi estrategicamente escolhida como um dos pontos de partida do corredor, devido à sua localização central na América do Sul e à sua extensa rede rodoviária, que a conecta ao restante do Brasil e a países vizinhos. A expectativa é que a cidade se consolide como um importante centro de distribuição de insumos e produtos, impulsionando o comércio e a logística na região.

Além de Brasil e Chile, Paraguai e Argentina também são parceiros neste projeto de integração regional. Os países estão trabalhando em conjunto para garantir que os serviços fronteiriços e logísticos sejam modernos e eficientes, assegurando o sucesso da “megarodovia”.

A rota bioceânica promete reduzir custos e tempo de transporte de cargas. Segundo estimativas do Ministério de Relações Exteriores, a distância percorrida por uma mercadoria chilena para chegar a Campo Grande seria reduzida em quase 50%, e os custos de exportação de carne do Brasil para o Chile poderiam cair em cerca de 24%.

No início de agosto, Lula e Boric discutiram o projeto durante a visita do presidente brasileiro a Santiago. Lula destacou o potencial do Chile como porta de saída para produtos brasileiros no Pacífico e do Brasil como acesso para as exportações chilenas ao continente africano. A conclusão do corredor bioceânico representaria uma economia significativa para cada contêiner exportado e uma redução de pelo menos 15 dias no tempo de transporte de mercadorias.

Embora ainda não haja uma data definida para a conclusão das obras, o projeto avança com o objetivo de fortalecer a integração e o desenvolvimento econômico na América do Sul.

Fonte: R7

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