Juiz marca julgamento da Operação Coffee Break para 4 de novembro

 

Dez anos após a cassação do ex-prefeito Alcides Bernal, o juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de Campo Grande, marcou para o dia 4 de novembro o início do julgamento de 17 réus acusados de corrupção e organização criminosa na Operação Coffee Break. O julgamento, que estava suspenso há dois anos por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi liberado em maio deste ano e deve se estender até 2 de dezembro.

Entre os réus estão figuras proeminentes da política e do empresariado sul-mato-grossense, como o ex-governador André Puccinelli, o secretário estadual de Fazenda, Flávio César de Oliveira, o presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Borges, e os empresários João Amorim e João Roberto Baird.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os réus teriam articulado a cassação de Bernal em 2014 mediante pagamento de propina em troca de cargos na prefeitura e manutenção de contratos bilionários. A investigação, deflagrada em 2015, apurou o uso do termo “cafezinho” como código para propina, o que deu origem ao nome da operação.

As audiências, que serão realizadas por videoconferência, ocorrerão às segundas-feiras, das 13h às 18h. O senador Nelsinho Trad e o empresário Carlos Eduardo Naegele fizeram acordo com o Ministério Público e foram excluídos da ação penal.

A cassação de Bernal, em março de 2014, desencadeou uma crise política em Campo Grande. A Polícia Federal, ao investigar fraudes na licitação do lixo, descobriu a articulação para a cassação do prefeito e o pagamento de propina.

Paralelamente ao julgamento criminal, tramita na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos uma ação por improbidade administrativa decorrente da Operação Coffee Break. A ação está conclusa para sentença, mas o juiz responsável pediu para mudar de vara, o que pode atrasar o desfecho do caso.

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