Nova Ferroeste avalia impacto no patrimônio arqueológico de oito municípios em MS

O projeto de implantação da Nova Ferroeste, um eixo ferroviário de 1.285 quilômetros que deve agilizar o escoamento agrícola de Mato Grosso do Sul ao porto de Paranaguá, no Paraná, depende, entre outros fatores, da avaliação de potencial de impacto ambiental no patrimônio arqueológico de oito municípios sul-mato-grossenses.

O Dourados News apurou que esse estudo já foi autorizado por Ana Paula da Rosa Leal, diretora substituta do Centro Nacional de Arqueologia do Departamento do Patrimônio Material e Fiscalização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, órgão subordinado ao Ministério do Turismo.

Através da Portaria nº 12, de 12 de fevereiro de 2021, publicada no Diário Oficial da União do dia 17 daquele mesmo mês, ela atendeu a solicitação feita pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística do Estado do Paraná.

O empreendimento em questão, descrito no Processo nº 01450.002150/2020-74, prevê a avaliação de potencial de impacto ao patrimônio arqueológico para implantação e/ou readequação de ferrovia no trecho entre Maracaju (MS) e Paranaguá (PR) – Estrada de Ferro Paraná Oeste, EF-277.

Com prazo de validade de quatro meses, o trabalho deverá ser coordenado pela arqueóloga Lilia Benevides Guedes e o arqueólogo de campo é José Eduardo Abrahão. O apoio institucional será prestado pelo Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-História da UEM (Universidade Estadual de Maringá).

A área de abrangência dessa avaliação inclui oito municípios em Mato Grosso do Sul, Amambai, Caarapó, Dourados, Eldorado, Iguatemi, Itaporã, Maracaju e Mundo Novo.

Em território paranaense, são mencionados Araucária, Balsa Nova, Campo Bonito, Candói, Cantagalo, Cascavel, Catanduvas, Céu Azul, Contenda, Diamante do Sul, Fazenda Rio Grande, Fernandes Pinheiro, Goioxim, Guaíra, Guaraniaçu, Guarapuava, Ibema, Inácio Martins, Irati, Lapa, Laranjeiras do Sul, Mandirituba, Maripá, Marquinho, Matelândia, Medianeira, Morretes, Nova Laranjeiras, Nova Santa Rosa, Palmeira, Paranaguá, Porto Amazonas, Santa Tereza do Oeste, Santa Terezinha de Itaipu, São João do Triunfo, São José dos Pinhais, São Miguel do Iguaçu, Terra Roxa, Toledo, Tupãssi, e Vera Cruz do Oeste.

De acordo com a Agência de Notícias do Paraná, o estudo de impacto ambiental iniciado neste mês segue o Termo de Referência específico elaborado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis), que selecionou Unidades Amostrais “nas regiões mais representativas do traçado e levou em consideração a importância ambiental dos remanescentes de vegetação nativa”.

“Nesta fase, fica autorizada a captura, coleta e o transporte do material biológico (Abio) e a empresa a contratada para realizar o estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) está apta a fazer os levantamentos de campo”, detalha.

 

A imprensa oficial paranaense destaca a intenção de “estudar as diversas tipologias vegetais, onde vivem comunidades específicas da fauna silvestre”. “Os técnicos e especialistas estão em campo analisando anfíbios, répteis, aves, mamíferos, peixes e espécies que fazem parte da ictiofauna (seres da comunidade aquática, invertebrados e que podem ser vistos a olho nu)”, pontua.

Fonte: Conteúdo ms

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