Amambai Patrimônio Da União
KARAY ERVATEIRO
De dia Machete na mão
A noite mate no fogão!
Na semana era o labor na ranchada
No domingo cachaça para esquecer a amada.
O sonho de ficar rico
No trabalho com o Caá
Surgiram Paraguaios
Crianças, moços e velhos.
Com a força e resistência
Nos ombros o peso do raído
Para o sapeco da erva
O calor do carijo
Pelo sonho do ouro verde
Cruzou fronteira sem limite
De mulheres e filhos acompanhado
Do suor o sangue transformado
O serviço era bruto
Armados de faconaço e o quisê
De junho a outubro
Vestido de xiripá no cancheio
Grito de satisfação
Ecoava pelo erval
Era o entusiasmo do peão
Quando o monteador encontrava uma arboleta
Albertino Fachin Dias